sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

À procura de nós mesmos

Tudo que está acontecendo hoje no planeta reflete exatamente nosso modo de agir inconsciente. Quem somos nós por dentro? ou que estamos fazendo aqui exatamente?
Por que será que, justamente agora, nessa época em que vivemos, uma mudança urgente nos paradigmas de desenvolvimento começa a se tornar imperativa? Se os países emergentes adotarem o mesmo modelo dos países ricos seriam necessários de 3 a 5 planetas para sustentar os mais de 6 bilhões de habitantes que não param de se reproduzir como vírus por toda a parte. Tudo indica que o melhor caminho a ser seguido é aquele onde a felicidade do ser humano venha de dentro dele mesmo e não na satisfação proveniente do hábito de consumir sem limites, produzindo lixo, degradando a natureza, alterando clima destruindo todos os laços de amor e fraternidade através de conflitos e guerras. Alguma coisa realmente está acontecendo, algo estranho paira no ar, vamos observar e tentar descobrir o que é.



Desenvolvimento Local é o Caminho

No atual momento histórico a cultura local representa um espaço político onde começam a se delinear novos modelos de desenvolvimento. Submetidas à lógica do sistema global, as microrregiões, constituídas pelas comunidades, se tornam um lócus de resistência às mudanças impostas por acordos internacionais entre os grandes blocos econômicos. Assim, com a crise do sistema financeiro mundial, apoiado em uma lógica incapaz de encontrar solução para os problemas que afligem as comunidades locais, os movimentos sociais configurados nas economias solidárias, nas associações de moradores e nas cooperativas de trabalhadores oferecem uma alternativa adequada baseada no esforço coletivo e organizado da comunidade para a construção de suas próprias soluções e ao atendimento adequado às necessidades apresentadas em cada comunidade ou grupo. Esses espaços ganham força através do sentimento de identidade comum, de solidariedade, intimidade, confraternização, religiosidade, vizinhança. Cada região do mundo possui sua própria evolução no interior desta dinâmica geral. Dessa forma, qualquer empreendimento que venha surgir estará sempre adequado a essas características culturais locais e é no seio dessa rede de significações, que se produzem nos vínculos com o lugar, que estão inseridas as novas práticas e paradigmas para o desenvolvimento sustentável global e a responsabilidade ecológica de toda a humanidade.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Locais Sítio Liberdade



Limites da APA do Sana, coincidem com os limites da bacia hidrográfica




Localização do Sítio Liberdade dentro da APA

Encosta desmatada no Sítio Liberdade visualizada nas imagens de satélite do Google Earth

A mesma encosta desmatada visualizada em campo.

Vertente desmatada vista mais de perto


sábado, 30 de outubro de 2010

MÁXIMAS ANARQUISTAS

* Não há um abismo entre o pensamento e a ação. A concepção já é um começo de ação.

* Não há que se conquistar o poder, há que se destruí-lo. É tirano por natureza. Seja exercido por um rei, um ditador ou um presidente eleito. A única diferença no caso da democracia parlamentar é que os escravos tem a ilusão de escolher, eles próprios, o mestre que deverão servir. O voto os fez cúmplices da tirania que os oprime. Eles não são escravos porque existam mestres, mas sim, os mestres existem porque eles escolheram manter-se escravos.

* Votar é abdicar.

* Os que souberem despertar o espírito de iniciativa nos indivíduos e nos grupos, os que chegarem a criar nas suas relações mútuas uma ação e uma vida baseadas nestes princípios, os que compreenderem que a variedade, o próprio conflito, são a vida, e que a uniformidade é a morte, trabalharão não para os séculos futuros, mas verdadeiramente para a próxima revolução.

* O mais poderoso desenvolvimento da individualidade, da originalidade individual só pode produzir-se quando as primeiras necessidades de alimento e de moradia forem satisfeitas, quando a luta pela existência contra as forças da natureza for simplificada e quando o tempo não for mais tomado pela mesquinhez da subsistência cotidiana — a inteligência, o gosto artístico, o espírito inventivo, o gênio inteiro podem desenvolver-se à sua vontade.

* O reino social deve pautar-se por uma ordem que existencialize a igualdade, o auxílio, pois no mundo animal e humano, alei do apoio mútuo é a lei do progresso.

* Tudo quanto no passado constitui um elemento de progresso ou um instrumento de aperfeiçoamento moral e intelectual da raça humana, foi devido à prática do apoio mútuo, aos costumes que reconheciam a igualdade dos homens e os levavam a aliar-se, a associar-se para produzirem e consumirem, a unir-se para defenderem, a federar-se e a reconhecer como juízes, para resolver as suas querelas, somente os árbitros escolhidos de seu próprio seio.

* Sabemos que nós próprios não somos sem defeitos, e que os melhores dentre nós seriam depressa corrompidos pelo exercício do poder. Tomamos os homens pelo que eles são, e é por isso que odiamos o governo do homem pelo homem e que trabalhamos com todas as nossas forças para destruí-lo.

* Longe de viver em mundo de visões, e de imaginar os homens melhores do que são, vemo-los tais como eles são, e é por isso que afirmamos que o melhor dos homens torna-se essencialmente mau pelo exercício da autoridade, e que a teoria da “ponderação dos poderes” e do “controle das autoridades” é uma fórmula hipócrita, fabricada pelos detentores do poder para fazer o “povo soberano” - que eles desprezam – crer que é ele quem governa.

* O trabalhador sente vagamente que nosso poder técnico atual poderia dar a todos um amplo bem-estar, mas também percebe como o sistema capitalista e o Estado impedem em todos os sentidos a conquista desse bem-estar.

* Essa concepção e esse ideal de sociedade não são decerto novos. Pelo contrário, quando analisamos a história das instituições populares — o clã, a aldeia, a comuna, a união de ofícios, a guilda, e mesmo a comuna urbana da Idade Média, no seu começo — encontramos a mesma tendência popular para construir a sociedade nesta ideia; tendência que foi sempre entravada pelas minorias dominadoras.

(Piotr Kropotkin - geógrafo anarquista)

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Expansão das Lavouras de Cana-de-Açúcar Ameaça Meio Ambiente

O agronegócio do biocombustível brasileiro quer pegar carona no futuro baseando-se na reprodução de um modelo do passado.

O primeiro ciclo iniciou-se em 1975. Para fazer frente à brusca elevação do preço do petróleo que afetou diversos países, reduzir a dependência externa e o consumo do mesmo, assim como para atender às demandas do mercado interno, o Estado incentivou a produção de etanol na forma de diversos subsídios (incentivos aos fabricantes de automóveis, instalação de destilarias e usinas, desenvolvimento de tecnologias, facilidade de aquisição de automóveis a álcool, etc.) num programa governamental denominado Pro-álcool. O final deste primeiro ciclo se configurou numa estagnação, pois, os preços do petróleo voltaram a cair, e a escassez de recursos governamentais para subsidiar a produção de álcool se desdobrou na dificuldade de abastecimento da frota de veículos. O programa foi marcado por uma série de críticas, principalmente pela expansão da plantação de cana-de-açúcar em substituição ao cultivo de alimentos, além da cana demandar solos férteis e de boa qualidade.

Hoje, a expansão da produção de cana-de açúcar é a tendência deste segundo ciclo do Pro-álcool. Diferentemente da década de 1970, o novo arranque na produção de álcool não se fez por meio de programa de governo, mas pela iniciativa privada. A preocupação com a produção do etanol ocorreu pela emergência de um potencial mercado externo, em vista da intenção da União Européia e dos EUA reduzirem o consumo de combustíveis derivados do petróleo. Assim, a produção para exportação seria um importante estímulo para o agronegócio da cana-de-açúcar. Estudos apontam que essa cultura vêm ocupando áreas prioritárias para conservação e uso sustentável do Cerrado que ameaçam a biodiversidade em estados como MG, SP, MT, MS e GO. Segundo dados do MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento) de 2009, haverá necessidade do Brasil importar 7,75 milhões de toneladas de arroz e 5,5 milhões de toneladas de trigo até 2019.

A realidade atual do agronegócio do biocombustível brasileiro é uma grande ilusão e contradição, porque reflete a associação do grande capital agroindustrial (e financeiro) com a grande propriedade fundiária. O agrocombustível é um prolongamento da economia assentada na produção do petróleo ameaçada pela escassez, ou seja, serve à manutenção do sistema. Além da questão dos alimentos, o problema ambiental também se constitui num limite, pois, o cultivo da cana está fundado na monocultura que usa toneladas de agrotóxicos, e fertilizantes. Também verifica-se a realização de queimadas, erosão e exaustão dos solos e principalmente irrigação das culturas que demandam grande volume de água (100 litros de água para cada litro de etanol). Até 2030 serão produzidos mais de 2 bilhões de litros de água poluída. Isso sem falar da superexploração dos trabalhadores do campo que são mantidos em condições análogas à escravidão para aumentar os lucros dos “modernos” empresários do setor sucroalcooleiro.

domingo, 3 de outubro de 2010

terça-feira, 24 de agosto de 2010

O homem produz seus objetos. Abjetos.











sexta-feira, 30 de julho de 2010

Diogenes, o Cínico

















Da onde a água vem?



Wilson e sua tropa de mulas





Adriano em Greve na Arte






Fotos e mais fotos

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Capinar arte. Capinarte capinar a arte a arte de capinar. São declinações.


Inicio do roçado com o objetivo (apesar de nada ter que ter explicitamente objetivo) de limpar o mato na frente da casa para talvez fazer um tapete de grama. Foram plantadas algumas sementes de mamão, mucuna e guando. Observe no perfil dos matutos e veja se tem futuro.


Em volta da pedra da caixa d´agua ainda com bastante mato. Ao final, já tínhamos tirado todo ele e também colocado o cano da água que entra e sai da cozinha por debaixo da terra.


Este é o não banheiro (sem telhado, sem descarga e sem água) e a cadeira que foi reformada.

Eu falo uma coisa e depois eu mudo e quero dizer outra coisa. É que ele quer escrever no papel. Qualquer coisa que cvs falarem eu vou escrever. Em busco dos silêncios da arte, da quebra da rotina do cotidiano, dos padrões de pensamentos repetitivos que nos apresionam em comportamentos prefixados e impostos pela sociedade. Uma nova maneira de lidar com essa energia que surge do mais profundo de nosso ser, trabalhando com a natureza de forma artística.


O próprio sitio é uma obra de arte que é imensurável e não pode ser exposto em uma galeria. O que é então o produto de uma land-art, por exemplo? É a fotografia...?? Não... Capinar, parece com pintura, fazer o todo e depois vai indo para as partes, isso em verdade é bastante racional. Podemos ver isso em Aristóteles na taxonomia. Tudo é mental. Todo esforço braçal é mental, também por isso, tudo se parece.

O Elias falou, minha caneta é a enxada. Não haveria, assim, uma distinção entre práxis e logos.

Quando estamos lá no meio da capinagem, não percebemos direito o que fazemos. Então, na pausa, se olha de longe, quando se consegue ver o que se produziu, e também pensar para onde ir e o que fazer.


A idéia de atos puramente estéticos nos rondou todo o tempo que estávamos lá.. Não era tanto os abjetivos, nem os proveiros, nem a beleza, nem nada que pudesse ser outra coisa além da superficilaidade vazia e sem meta do próprio ato. Uma pura intervenção, um ato puro, só.

Não Sitio


Porque gosto do peso, da qualidade ponderosa, do material. Gosto da idéia de expedir as pedras de um lado a outro do país.Isso me dá uma sensação de peso. Se apenas pensasse sobre isso e guardasse tudo em minha cabeça, seria uma manifestação de redução idealista, e realmente não estou interessado nisso.


O uno, fonte de toda realidade , está em um não lugar. Seu encotro revela-se sempre ao não estarmos nos não lugares em que ele não está. O discurso negativo que descreve o uno retira dele toda topologia possível. A pedra do sitio que não está. Não Sitio.









sexta-feira, 9 de julho de 2010

A radicalidade do Não

Agora sim, o Não em sua completa Nulidade.
Apophatiké da Apophatiké.


segunda-feira, 5 de julho de 2010

A questão da Terra

Qual será a dúvida que da terra emanda?






Duvida ainda a terra


colocar mais um video aqui